Uma das fake news questiona as tentativas de feminicídio sofridas por ela pelas quais seu ex-marido foi condenado
A ativista dos direitos das mulheres Maria da Penha vai entrar no programa de proteção a defensoras de direitos humanos e passar a ter segurança particular. A notícia foi divulgada no portal UOL, em matéria assinada pelos jornalistas Jamil Chade e Cristina Fibe.
Segundo a publicação, Maria da Penha vem sofrendo uma série de ataques da extrema direita e dos chamados “red pills” e “masculinistas”, que através das redes sociais disseminam fake news e discursos de ódio às mulheres.
Por ser símbolo do combate à violência doméstica no Brasil, Maria da Penha, que dá nome à Lei 11.340/2006 que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, é um de seus principais alvos. Em uma das fake news, são questionadas as duas tentativas de feminicídio sofridas por Maria da Penha pelas quais o ex-marido foi condenado.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves foi até o Ceará para tratar com o governador Elmano de Freitas (PT) e a Secretaria de Mulheres, onde ficou determinado o ingresso de Maria da Penha no programa de proteção a defensoras de direitos humanos. Além disso, a casa onde ela sofreu a violência, na cidade de Fortaleza, será transformada em um memorial.
Em entrevista ao UOL, a ativista disse que lamenta ainda ter que lidar com uma onda de ataques e fake news após 41 anos das violências que sofreu e 18 da Lei Maria da Penha. “Como se pudesse colocar em xeque a veracidade de fatos ocorridos e a legitimidade das instituições brasileiras, sobretudo da Justiça”, disse.
Fonte:www.correio24horas.com.br
Maria da Penha Crédito: Divulgação/Instituto Maria da Penha