Entre os problemas mais comuns estão o desconhecimento do consumidor sobre a política de troca da loja, arrependimento da compra e a falta de nota fiscal.
Depois do dia de compartilhar presentes entre familiares, pessoas queridas e com os inúmeros amigos secretos que muita gente participa, 26 de dezembro é o dia oficial do troca-troca. Só que nesse caso, nada tão oculto assim. É aquela correria tradicional de volta às lojas para trocar um recebido que não gostou muito, ou que o tamanho, a cor até mesmo o modelo não foi bem o que alguém possa ter pedido ao Papai Noel.
De acordo com a Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, as motivações mais comuns são as situações nas quais não há alinhamento prévio entre o estabelecimento e o consumidor quanto à política de trocas, como esclarece a especialista da Proteste Mariana Rinaldi. Mas, diferentemente do que muita gente pensa, a troca só é obrigatória para lojas físicas em situações específicas.
“Segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a loja física só é obrigada a realizar trocas quando o produto apresenta vício ou defeito. Os lojistas geralmente realizam trocas referentes a tamanhos, cores ou modelos por conta de políticas próprias que visam o bom relacionamento com os consumidores. Por isso, nossa recomendação é sempre informar-se sobre a política de cada loja antes de comprar”, explica Mariana Rinaldi.
Na família da psicóloga Luana A., 22, além do tradicional amigo secreto ladrão, cada um escolhe livremente quem quer presentear. No final da ceia, cada membro recebe pelo menos dois mimos. Mesmo assim, a jovem já se acostumou a ir ao shopping na semana entre o Natal e o ano novo para fazer as trocas dos presentes que não vingaram.
Neste ano, no entanto, Luana se superou: pretende trocar quatro “recebidos” – como dizem na internet. Foram presentes dados por três tias e pelo pai. “Ganhei uma blusa de academia de regata, mas não gosto do modelo. O outro foi um pijama, que achei infantil. Teve também um macacão, que ficou grande, e outra roupa que não gostei”, justifica.
A verdade é que, por mais que a intenção de quem deu o presente tenha sido boa, a psicóloga não ficou satisfeita com nenhum deles. “Resumindo: não gostei de nada e vou trocar tudo”, diz em tom de brincadeira – apesar de ser verdade.
O diretor de Fiscalização da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA), Iratan Vilas Boas, chama atenção para os cuidados que devem ser tomados na hora das trocas. No órgão, a maior demanda após as festas de fim de ano é de reclamações de produtos com problemas de qualidade ou de não cumprimento da data de entrega.
Fonte:www.correiio24horas.com.br
Foto: (Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO)