Comprovadamente responsável pela impotência sexual de seus usuários, a prescrição, por parte de profissionais da saúde, para o uso de anabolizantes está proibida após medida do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada no Diário Oficial da União de 11 de abril de 2023. A proibição da prescrição refere-se ao uso dos esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. Para o médico urologista cirurgião, Eduardo Cerqueira, os hormônios têm indicação clínica clara para seu uso e, “seguindo essa indicação, temos resultados excelentes para os pacientes, mas o uso abusivo buscando apenas efeitos estéticos podem levar a consequências devastadoras ao paciente”.
O urologista Eduardo Cerqueira se refere, inclusive, a efeitos colaterais muitas vezes irreversíveis e também aos diversos casos que chegam ao seu consultório de homens apresentando impotência sexual devido ao uso indiscriminado desses hormônios. O especialista explica que os anabolizantes são compostos sintéticos produzidos à base de testosterona, principal hormônio sexual masculino, o qual é encontrado tanto no organismo dos homens como das mulheres. Porém, é importante lembrar que, no corpo masculino, essa produção pode chegar a um nível 25 vezes maior em relação ao das mulheres.
É a testosterona que possibilita o desenvolvimento de músculos e ossos, e é responsável pela voz mais grossa e o maior aparecimento de pêlos, além de aumentar a libido. “O problema está no uso indiscriminado desses hormônios pois, além de causar a impotência sexual, os anabolizantes também podem trazer como consequência a infertilidade, bem como problemas cardíacos”, conforme Dr. Eduardo Cerqueira. Ele explica que, ao iniciar o consumo de anabolizantes, a hipófise – também conhecida como glândula mestra encarregada por mandar estímulos aos testículos para a produção da testosterona – compreende que não se faz mais necessário o envio de tais sinais para que os testículos trabalhem na fabricação de espermatozoides e da própria testosterona. Com isso, o resultado são impotência, mas também infertilidade, mesmo após interrupção do uso destas substâncias.
O urologista ressalta a importância do medida do Conselho Regional de Medicina e lembra que a impotência sexual pode ser uma realidade para quem faz ou fez uso durante longo tempo dos anabolizantes. O médico orienta estas pessoas a buscarem um urologista de sua confiança a fim de avaliar as possibilidades de tratamento, a fim de que a produção de testosterona venha a voltar a acontecer e de maneira natural. “O fato é que são muitos os casos que vão precisar do auxílio de medicamentos ou mesmo a indicação de terapias, mas isso só é possível saber após uma consulta e a realização de exames”, afirmou Dr. Eduardo Cerqueira, que elogiou, mais uma vez, a decisão do CRM.
Fonte: Agência Viver Mais Comunicação Integrada Contatos: Adriana Matos (75991319845) & Cristiane Melo (75991341324)