Pesquisa foi feita entre segunda-feira (3) e quarta-feira (5) e tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. Nos votos válidos, o resultado foi 55% para Lula e 45% para Bolsonaro.
Pesquisa do Ipec divulgada nesta quarta-feira (5), encomendada pela Globo, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 51% de intenção de votos no segundo turno e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 43%. Este é o primeiro levantamento do instituto feito após o primeiro turno das eleições. As entrevistas foram feitas entre segunda-feira (3) e quarta-feira (5), e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Lula (PT): 51%
Bolsonaro (PL): 43%
Branco e nulo: 4%
Não sabe/não respondeu: 2%
Nos votos válidos, o levantamento apontou que Lula tem 55%, e Bolsonaro, 45% (veja infográfico abaixo). Para calcular os votos válidos, são excluídos os brancos, os nulos e os de eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
Na sondagem espontânea, na qual os entrevistadores não apresentam previamente o nome de nenhum dos dois candidatos, Lula aparece com 50%, e Bolsonaro, com 40%
Foram entrevistadas 2.000 pessoas, entre segunda-feira (3) e quarta-feira (5), em 129 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02736/2022.
Simulações anteriores de 2º turno
Em entrevista à GloboNews concedida após a divulgação do levantamento desta quarta, a diretora do Ipec, Márcia Cavallari, afirmou: “[É] como a gente também sempre diz: é uma nova eleição. A gente não pode fazer uma comparação, por exemplo, com as simulações de segundo turno que foram feitas no [período anterior à votação do] primeiro turno. Porque é uma nova situação, em que o eleitor se reposiciona”.
Na simulação de segundo turno divulgada pelo instituto na véspera da votação do 1º turno, Lula tinha 52% das intenções de voto, e Bolsonaro, 37%.
No primeiro turno, Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões (43,2%). O segundo turno está marcado para 30 de outubro.
A pesquisa Ipec apontou ainda o índice de rejeição dos candidatos. A sondagem mostra que 50% dos eleitores brasileiros não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro, e 40% não votariam de jeito nenhum em Lula.
O levantamento anterior do instituto, divulgado na véspera do 1º turno, indicou que o atual presidente tinha 46% de rejeição, e o petista, 38%.
A pesquisa Ipec apontou também os índices de avaliação do atual governo. A sondagem mostra que o presidente Bolsonaro tem 42% de avaliações negativas (ruim ou péssimo) e 35% de avaliações positivas (ótimo ou bom). Os que consideram a gestão regular são 22%.
O levantamento mais recente do instituto que aferiu a taxa de aprovação foi divulgado em 26 de setembro. Ele apontou que o presidente tinha 47% de avaliações negativas (ruim ou péssimo) e 29% de avaliações positivas (ótimo ou bom). Os que consideravam a gestão regular eram 22%.
Índice de definição de voto
Quanto ao índice de definição de voto, a pesquisa Ipec aponta que 92% dos eleitores dizem estar totalmente decididos quanto a quem vão votar no segundo turno. Os que dizem que ainda podem mudar de opinião somam 8%.
Índice dos que creem ou não na reeleição
O levantamento divulgado nesta quarta indica que a maioria dos brasileiros (56%) acreditam que Lula será eleito no segundo turno. Os que acreditam que Bolsonaro será reeleito são 34%. E 10% não sabem ou não responderam.
Entre os que avaliam de maneira negativa a gestão Bolsonaro, 3% acreditam que ele será reeleito. Nessa faixa de entrevistados, os que creem na vitória de Lula somam 91%.
A expectativa de vitória de Bolsonaro é maior entre pessoas com renda familiar de mais de cinco salários mínimos (52%), evangélicos (49%), moradores das regiões Sul (44%) e Centro-Oeste (41%) e eleitores com ensino superior (40%).
Os que creem na vitória de Lula crescem entre moradores da região Nordeste (71%), pessoas com renda familiar de até um salário mínimo (66%), jovens de 16 a 24 anos (63%), moradores de cidades com até 50 mil habitantes (60%) e pretos e pardos (60%).
Fonte:g1.globo.com
Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO; FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO