Somente neste ano, mais de 17 mil mulheres passaram pelo setor
A dedicação e a competência técnica da equipe de enfermagem do Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, têm garantido um atendimento eficiente, com uma média de 150 triagens diárias na emergência. Este procedimento é fundamental para a avaliação inicial da gravidade e urgência das demandas das pacientes. Somente neste ano, mais de 17 mil mulheres passaram pelo setor de Acolhimento e Classificação de Risco da unidade hospitalar.
Segundo Gilberte Lucas, presidente da Fundação Hospitalar, autarquia que administra o Hospital da Mulher, a triagem realizada no setor é um processo essencial que determina a prioridade de atendimento e tratamento das pacientes, sempre com base na gravidade da condição apresentada.
“Com certeza, organiza nosso atendimento aos pacientes através da identificação por pulseirinhas que classificam a gravidade, proporcionando um suporte de qualidade e eficiência. Nosso fluxo de atendimento aumenta diariamente na emergência do Hospital da Mulher,” ressaltou Gilberte Lucas.
O acolhimento e a classificação de risco na emergência do Hospital da Mulher seguem o Protocolo da Organização Mundial da Saúde para a classificação das gestantes, de acordo com a gravidade e o quadro clínico, identificados por cores: vermelha para emergências, amarela para casos muito urgentes, verde para casos urgentes que requerem atenção monitorada pela equipe multiprofissional, e azul para cuidados pouco urgentes, não emergenciais.
Em 2024, de janeiro a abril, já foram realizados 17.182 acolhimentos na classificação de risco no Hospital da Mulher. Em 2023, durante todo o ano, foram realizados 47.686 atendimentos seguindo o protocolo de classificação de risco.
Mariana Fontes, enfermeira obstetra há 10 anos, destaca que a classificação de risco é uma ferramenta crucial para avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário.
“Essa é uma experiência única. Trabalhar no setor de acolhimento nos torna multiprofissionais. Algumas pacientes chegam com medo ou emocionalmente abaladas, e aqui conseguimos contê-las e oferecer o melhor atendimento possível,” relata Mariana Fontes.
A enfermeira também explica que, devido à alta demanda, a dinâmica do atendimento por prioridades cria condições favoráveis para um melhor serviço, especialmente no atendimento a gestantes.
“Iniciamos com a ausculta fetal para monitorar os batimentos do feto e, a partir daí, identificamos a gravidade e selecionamos o atendimento pelas cores das pulseirinhas. Esta ação melhorou a rotatividade, acelerou a realização de exames e facilitou o controle no fluxo do Hospital da Mulher,” explica Mariana Fontes.
Aline Bastos, enfermeira obstetra há dez anos no setor de Acolhimento e Classificação de Risco do HIPS, considera esse setor fundamental para a organização da unidade hospitalar, que enfrenta inúmeros desafios devido à grande demanda de atendimento.
“O nosso trabalho é gratificante, mas o maior desafio são as pacientes gestantes de outros municípios que chegam sem a devida regulação. Muitas delas chegam sem os principais exames do pré-natal, o que dificulta nosso atendimento, que funciona 24 horas,” destacou a enfermeira obstetra.
Mayra da Silva de Lima, auxiliar administrativo de 29 anos, está grávida de nove meses e passou pela triagem pela segunda vez. Ela ressalta a importância do atendimento prioritário.
“Fico muito tranquila quando chego aqui no Hospital da Mulher. Minha gravidez é de risco porque sou hipertensa. Este será meu segundo filho, e a triagem resguarda o atendimento, priorizando as urgências. Isso é ótimo,” afirmou.
Fonte:www.feiradesantana.ba.leg.br
Foto: Fatima Brandão