Primeira colocada na classificação geral ingressou com ação na Justiça para garantir que fosse nomeada. Decisão judicial contestou aplicação da Lei de Cotas no concurso.
Mais de 80 professores negros da Universidade Federal da Bahia (Ufba) lançaram um manifesto em defesa das políticas de ação afirmativa e em solidariedade à otorrinolaringologista Lorena Pinheiro Figueiredo. A profissional foi impedida pela Justiça de ser nomeada como professora adjunta da instituição.
Aprovada pela Lei de Cotas, Lorena Pinheiro chegou a ser homologada como primeira colocada do concurso para docentes, mas uma decisão liminar obrigou a instituição a nomear outra candidata, aprovada em primeiro lugar na ampla concorrência. O caso ganhou repercussão na última semana, quando a médica usou as redes sociais para compartilhar sua história.
Os 85 dos 2.749 docentes assinaram um documento em que expressaram preocupação em relação ao recente episódio envolvendo as políticas de ação afirmativa da instituição e cobraram uma resposta firme e resolutiva por parte da administração universitária.
Os professores afirmaram que a situação de Lorena Pinheiro não pode ser considerado como um problema isolado ou uma questão pessoal de uma candidata.”Essa é uma perspectiva que distorce o real significado das políticas de ação afirmativa, que representam um compromisso institucional da Universidade com a inclusão de pessoas negras e a promoção da diversidade”, diz parte do manifesto.
Fonte:g1.globo.com/ba
Campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Ondina, Salvador — Foto: Divulgação/UFBA