A polícia acredita que os ciganos baleados e mortos em um restaurante em Feira de Santana já estavam sendo perseguidos pelos assassinos. A informação é do major Jorge Freitas, comandante da 64ª Companhia Independente da Polícia Militar do município, que atendeu a ocorrência. O ataque aconteceu por volta das 12h desta segunda-feira (14).
De acordo com ele, os alvos eram da mesma família e estavam em um grupo de oito pessoas. A ação dos assassinos apontam para um crime premeditado. “Quem fez, certamente, aproveitou a oportunidade para cometer o crime. Da maneira que aconteceu, nos indica que eles já estavam acompanhando os passos da família”, afirmou, em entrevista ao CORREIO.
Ao todo foram seis vítimas. Quatro morreram e duas ficaram feridas. Apenas uma das pessoas feridas não era da família cigana e, sim, um cliente do restaurante. Ele levou um tiro no braço. A outra é uma mulher, esposa de um dos homens mortos. Ela foi atingida com um tiro na perna. Os dois passam bem.
Não há informações sobre qual dos mortos é o marido da cigana. Ele chegou a ser socorrido junto com ela para o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira, mas não resistiu aos ferimentos. Ainda segundo o major, havia um pedido de prisão preventiva em aberto contra ele, que respondia por homicídio.
A Polícia Civil identificou os mortos como Amilton Valadares dos Santos, de 51 anos; Jofre Souza dos Santos, 49; Agnaldo de Oliveira Souza Júnior, 35; e Altamir de Oliveira Souza, 27.
A família de ciganos é de Madre de Deus e estava em Feira de Santana a negócios, conforme informações do major Jorge Freitas. “Uma das senhoras que estavam no grupo disse que a família estava almoçando quando foi surpreendida por homens que entraram [no restaurante] armados e efetuaram os tiros. Há câmeras na região que vão ajudar a elucidar o caso”, contou.
Por volta das 15h, os corpos já haviam sido removidos do local, e a perícia, concluída.
50 tiros
O dono de um estabelecimento localizado próximo ao restaurante onde o ataque aconteceu contou que ouviu os disparos e se assustou com a quantidade. “Foi em torno de 50 tiros. Eu me assustei depois que percebi que não eram bombas. Quando eu desci, vi as meninas que trabalham no restaurante saírem correndo, desesperadas e chorando”, contou o comerciante, que preferiu não se identificar.
Ainda de acordo com o comerciante, o homem que tinha um mandado de prisão em aberto foi resgatado bastante debilitado, aparentemente com um tiro na cabeça e outro no pescoço. “Foi muito sangue, todo mundo que estava aqui conseguiu ver, tanto eles feridos como os sobreviventes da família desesperados”, afirmou.
Fonte:www.correio24horas.com.br
Crédito: Ney Silva/Acorda Cidade