Justiça também determinou que a sede da Imbatíveis seja fechada e impedida de fazer eventos, e também de concentrar torcedores
A Justiça proibiu a Torcida Uniformizada os Imbatíveis (TUI), do Esporte Clube Vitória, de acessar estádios e locais onde sejam realizados eventos esportivos, em todo o país, por dois anos. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (16), um dia após decisão semelhante em relação ao Esporte Clube Bahia.
Ambas determinações judiciais atendem a um pedido do Ministério Público estadual (MP-BA), que foi motivado pela briga generalizada entre torcedores dos dois times, no dia 4 de setembro. Três homens ficaram feridos na ação – todos eles membros da organizada do Bahia.
A Justiça também determinou que a sede da TUI seja fechada e impedida de fazer eventos, e também de concentrar torcedores – ainda que sem utilizar elementos que identifiquem a organizada, nos dois dias anteriores aos jogos do Vitória.
Com isso, os torcedores estão proibidos de comparecer aos estádios material que os identifiquem como membros da Imbatíveis, como roupas, bonés, faixas, bandeiras ou similares. O g1 não conseguiu contato com um representante da TUI, para comentar o caso.
Além disso, a organizada também terá que manter uma distância de três mil metros dos arredores dos locais dos jogos. A Imbatíveis também deverá apresentar, em até cinco dias, a lista atualizada dos seus integrantes.
Caso haja descumprimento das medidas, a organizada terá que pagar multa diária de R$ 5 mil. A ação ainda cabe recurso.
O confronto ocorreu na tarde de 4 de setembro, após membros da Bamor interceptarem membros da Imbatíveis, que seguiam para o Estádio Manoel Barradas – o Barradão, para assistir ao jogo do Vitória contra o ABC de Natal. O Bahia não tinha partida neste dia.
Ao todo, 54 pessoas foram levadas para a delegacia. Duas delas tiveram prisão preventiva decretada. Os feridos foram levados para o Hospital Geral do Estado (HGE):
Marcelino Ferreira Barreto Neto, que é atleta profissional de futebol 7, e "puxador" da Bamor: a pessoa responsável por levantar os cânticos nos estádios. Ele teve o estado de saúde mais grave e segue internado;
Alexandre Cerqueira Franco, que também foi hospitalizado e já teve alta médica;
Lucas Queiroz da Silva, que passou por cirurgia e segue internado no HGE.
Marcelino Neto, inclusive, foi indiciado por lesão corporal leve por envolvimento no ataque ao ônibus do próprio tricolor, em fevereiro deste ano. O atentado deixou ao menos dois jogadores feridos. No ataque, o ônibus do Bahia foi emboscado por carros e atingido por artefatos explosivos quando chegava à Arena Fonte Nova, antes da partida contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste.
O jogador que teve ferimentos com maior gravidade foi o goleiro Danilo Fernandes, atingido no rosto, próximo ao olho, e também na perna. Ele recebeu 20 pontos nos múltiplos ferimentos. O lateral-esquerdo Matheus Bahia também ficou ferido.
Ninguém foi preso pelo crime. Além de Marcelino Neto, também foram indiciados pelo ataque ao ônibus:
Hugo Oliveira da Silva Santos;
Marcelo Reis dos Santos Júnior;
Jarderson Santa Bispo.
Fonte:g1.globo.com/ba