PF aponta desvio de R$ 7 milhões com uso de documentos falsos e participação de funcionários da Caixa
A Polícia Federal revelou, nesta quinta-feira (13), novos detalhes sobre o esquema milionário de desvio de valores do FGTS que atingiu grandes nomes do futebol. A investigação, que chegou à 3ª fase da Operação Fake Agents, mostra que atletas de renome nacional e internacional, além de ex-jogadores e técnicos, foram vítimas de fraudes articuladas por um grupo especializado.
De acordo com a PF, os criminosos teriam desviado cerca de R$ 7 milhões, utilizando documentos falsificados e pedidos fraudulentos de saque com o auxílio de funcionários da Caixa Econômica Federal.
Entre os alvos das fases anteriores está a advogada Joana Prado de Oliveira, que teria papel de destaque na organização. Ela está com a carteira da OAB suspensa.
A advogada que se tornou alvo da PF
Figura conhecida no meio esportivo carioca, Joana Prado trabalhou por 12 anos no Botafogo, onde ingressou em 2003 e chegou ao cargo de diretora jurídica em 2007. Também atuou como auditora do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio e, atualmente, faz parte da Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ.
Segundo as investigações, sua influência no futebol facilitou o acesso a atletas e treinadores, que agora aparecem na lista de vítimas.
A PF identificou pelo menos dez vítimas com destaque no cenário esportivo. Entre elas, estão:
O técnico Oswaldo de Oliveira também detectou retiradas irregulares e procurou as autoridades. A PF afirma que há outros nomes de jogadores brasileiros e estrangeiros que ainda não foram divulgados.
Como funcionava o esquema
O ponto de partida da investigação foi uma conta aberta com documentos falsos em nome do jogador Paolo Guerrero, descoberta por um banco privado. Por meio dela, R$ 2,2 milhões foram desviados apenas do atleta peruano.
A partir desse caso, a PF mapeou uma rede de contas fraudulentas e solicitações irregulares de saque, com liberação facilitada em agências específicas da Caixa, localizadas na Tijuca, Ramos, Deodoro e no Centro do Rio.
Crimes e investigação
Os investigados podem responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa.
A apuração é conduzida pela Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (UIS/Delefaz), com apoio da área de inteligência da Caixa Econômica Federal.
Fonte:www.correio24horas.com.br
Polícia Federal Crédito: Arquivo Agência Brasil


















