Laudo encomendado pelos filhos aponta fragilidade motora e possível declínio cognitivo
A disputa pela herança de Cid Moreira ganhou um capítulo decisivo. Um laudo técnico solicitado pelos filhos do jornalista, Roger Felipe e Rodrigo Rezende, indica que o apresentador não tinha plena capacidade motora e possivelmente cognitiva ao assinar o testamento em 2023, que deixou um patrimônio estimado em R$ 60 milhões exclusivamente para a esposa, Fátima Sampaio.
Produzido por um profissional habilitado e concluído em 8 de agosto, o documento aponta que a assinatura atribuída a Cid no testamento apresenta traços típicos de uma pessoa senil e debilitada. O estudo comparou o registro com outra assinatura do comunicador feita em um boletim de ocorrência, identificando discrepâncias que colocam em dúvida a lucidez e a capacidade motora do apresentador na época do ato. As informações foram divulgadas pela coluna de Fábia Oliveira.
Segundo o parecer, as conclusões levaram em conta o histórico biográfico e neurofuncional de Cid, que aos 96 anos já demonstrava sinais de fragilidade avançada. O laudo, porém, foi solicitado apenas pela parte dos filhos e o caso ainda aguarda perícia oficial designada pela Justiça para validar ou não os apontamentos.
Cid Moreira morreu em 3 de outubro de 2024, aos 97 anos, após quase um mês internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis (RJ), vítima de falência múltipla de órgãos. Desde então, o processo sucessório se transformou em um embate judicial, com contestações sobre a validade do testamento e a real vontade do apresentador.
Fonte:www.correio24horas.com.br