Episódio aconteceu na madrugada deste domingo, e clube está em contato com a Polícia; “vândalos atacaram covardemente, colocando em risco a integridade física de atletas e colaboradores”, diz nota
O Palmeiras denunciou na manhã deste domingo um ataque com bombas e rojões arremessados contra o centro de treinamento do clube, a Academia de Futebol. O episódio aconteceu na madrugada deste domingo, flagrado pelas câmeras de segurança no local (veja no vídeo acima).
– Vândalos atacaram covardemente a Academia de Futebol, colocando em risco a integridade física dos atletas e demais colaboradores – diz um trecho da nota.
O clube diz ainda que ninguém se feriu e está em contato com a Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência. As imagens registradas pelas câmeras de monitoramento da área, por sua vez, serão disponibilizadas aos investigadores.
As câmeras de segurança registraram o momento em que ao menos cinco pessoas com capuzes se aproximam da Academia de Futebol, arremessando em seguida os artefatos explosivos por cima do portão de entrada.
Na nota, o Palmeiras classificou a ação como um “atentado terrorista com características similares àquele ocorrido em outubro de 2024, quando marginais já identificados pela polícia assassinaram um torcedor do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias”.
Na ocasião, membros da Mancha Alviverde, maior organizada do Palmeiras e que está rompida com o clube, fizeram uma emboscada ao ônibus da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, lançando bombas e rojões nos veículos. Um torcedor, José Victor dos Santos Miranda, morreu na ocasião.
O clube vem sendo alvo de protestos desde a terça-feira, quando três torcedores levaram cestas com doces para a frente da Academia de Futebol, cobrando o técnico Abel Ferreira e os atletas antes do clássico de quarta-feira, contra o Corinthians.
Com a derrota e eliminação para o rival nas oitavas da Copa do Brasil, os protestos se intensificaram no estádio, com xingamentos ao técnico, a Anderson Barros, Leila Pereira e aos atletas.
O movimento partiu principalmente da maior organizada do Alviverde, que é rompida com o clube, e chegou a ter adesão de outros setores inicialmente. Em outros momentos, parte da torcida vaiou os xingamentos.
Além disso, há faixas penduradas em frente ao Portão A do estádio. As três primeiras colocadas ainda na noite de quarta-feira, com os dizeres “cabeça vazia, fralda cheia, time cagão”, ironizando o lema de Abel Ferreira, a segunda com “fora, Abel”, e a terceira “presidente inexistente, diretoria incompetente”.
Fonte:ge.globo.com