Denúncia aponta que os suspeitos agiram em conjunto para dificultar o trabalho dos investigadores. Organização criminosa é acusada de lavagem de dinheiro e agiotagem na região de Feira de Santana.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou quatro pessoas por obstruírem as investigações da Operação “El Patrón”, deflagrada em dezembro do ano passado contra uma suposta organização criminosa. O grupo é acusado de compor uma milícia responsável por crimes como lavagem de dinheiro e agiotagem na região de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador.
O suposto líder do grupo seria o deputado estadual Binho Galinha — ele não está entre os denunciados pelo MP-BA.
Os alvos da denúncia foram:
Jackson Macedo Araújo Júnior, mais conhecido como “Macaco”;
o advogado dele, Iggo César da Silva Barbosa;
a companheira dele, Ioná Santos Silva;
e Filipe dos Anjos Santana, o Sabino.
Os quatro teriam agido em conjunto, nos dias 7 e 8 de dezembro de 2023, para “embaraçar” as apurações criminais que estavam em curso. Confira a ação suspeita, de acordo com o MP-BA
Detido na Superintendência Regional da Polícia Federal em Salvador, Jackson usou um celular disponibilizado pelo seu advogado, Iggo César, para indicar login e senha de sua conta de armazenamento de dados.
👉 Essas informações teriam sido repassadas a Ioná, que tentou apagar os arquivos digitais remotamente.
👉 Sem sucesso, ela teria acionado Filipe dos Anjos para destruir as evidências.
Prisão em dezembro
Um dos alvos da Operação El Patrón foi preso no domingo (1), em Feira de Santana. De acordo com a Polícia Federal, o suspeito era próximo ao líder da organização criminosa e o encarregado pela cobrança de dívidas relativas às práticas de agiotagem e jogos de azar.
O homem foi preso durante uma abordagem da Polícia Militar, em uma ronda no conjunto George Américo. O suspeito estava em um carro acompanhado de um outro homem, tentou fugir a pé, mas foi alcançado pelos policiais.
Imagens que circulam pelas redes sociais mostram o momento da fuga. Os militares disparam tiros para tentar pará-lo. Segundo a PM, o objetivo era fazer com que o homem parasse e não fosse atingido. Ele não foi baleado.
Em um dos vídeos, dá pra ver que ele tropeça, cai no chão, é detido pelos policiais e colocado em uma viatura.
Os dois homens foram apresentados na sede da Polícia Federal em Salvador, mas somente o que possuía o mandado de prisão em aberto permaneceu preso.
O mandado de prisão preventiva, cumprido pela Polícia Federal (PF), Ministério Público da Bahia, Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar, foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana.
Fonte:g1.globo.com/ba
Três PMs são suspeitos de integrar o grupo — Foto: Ministério Público da Bahia