O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março, porque nesta data em 1875, em Nova York, 129 mulheres depois de uma tentativa de greve, na busca de seus direitos, foram trancadas numa fábrica e morreram carbonizadas. Elas deram a própria vida procurando conquistar e defender os seus direitos.
A MULHER, nos últimos anos, adquiriu maior consciência de seu estado e passou a se empenhar na luta pela igualdade de direitos e pela sua dignidade. Ela, de vítima de preconceitos, passou a ser protagonista de sua ascensão social, política, cultural e econômica. É difícil apontar um campo da atividade humana onde as mulheres não estejam presentes. Porém, continuam lutando pela conquista da paridade salarial com os homens.
CONTUDO, em muitos países, a cultura da igualdade de condições com o homem e de acesso às conquistas humanas, ainda é um sonho para as mulheres. Existem, no entanto, avanços significativos e animadores, mais pela união das mulheres, do que pela vontade política. Hoje, há, também, o desejo de uma nova maneira de construir a história humana -, uma maneira feminina – em que se priorize o acolhimento, o serviço, o diálogo e a paz.
A VIOLÊNCIA contra a mulher, perversa, inaceitável e quase sempre praticada por esposos, companheiros, ex-companheiros ou namorados é outro grande desafio a ser superado. A criação de Delegacias da Mulher, a lei Maria da Penha e as conquistas na implantação de Políticas Públicas, garantidas em tratados internacionais e assinados pelo governo brasileiro, precisam continuar garantindo, e com mais justiça, os direitos conquistados pelas mulheres.
O EVANGELHO nos revela que Jesus foi o grande defensor dos diretos da mulher. Foram mulheres que anunciaram ao mundo o maior acontecimento da história da humanidade: a Ressurreição de Jesus Cristo. E, na Igreja, é indiscutível o papel das mulheres. Estão sempre presentes e, em maior número, na educação, na saúde, nas lutas sociais, nas pastorais, nos movimentos eclesiais e novas comunidades.
NO DIA da Mulher, queremos prestar uma homenagem especial a três mulheres corajosas que são referência em nossa sociedade: Madre Tereza de Calcutá (1910-l999), Santa Dulce dos Pobres (l914-l992) e Dra. Zilda Arns (l934-2010). Completamente esquecidas de si, promoveram e defenderam a vida de crianças, doentes, pessoas idosas e nos ensinaram que a alegria de servir aos mais necessitados é nossa maior recompensa. Elas engrandeceram o gênero humano! Obrigado a ti mulher!
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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