Artista estava internado com complicações provocadas pela diabetes
O cantor e compositor Carlos Pitta, de 69 anos, morreu, nesta terça-feira (7), por conta de complicações provocadas pela diabetes. Ele estava internado no Hospital Roberto Santos, em Salvador. A morte foi confirmada à produção da TV Bahia pela esposa do artista.
Nascido em Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, Carlos Pitta tinha mais de quatro décadas de carreira, é uma referência na Música Popular Brasileira (MPB) e foi um dos primeiros a identificar o talento de Ivete Sangalo em Salvador aos 17 anos.
Ele tem mais de quinze discos lançados e destaque em ritmos regionais, como forró e xote, além de ter canções gravadas com artistas como Elba Ramalho, Alcione e Margareth Menezes.
Um dos hits mais conhecidos do artista é “Cometa Mambembe”, música imortalizada pelo refrão: “E tenha fé no azul que tá no frevo, que o azul é a cor da alegria. Um cavalo mambembe sem relevo, um galope de Olinda pra Bahia”.
Pitta dividiu palco com nomes como Caetano Veloso, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Belchior, Nando Cordel, Fagner e Ivete Sangalo. Ao longo da carreira, se apresentou em países como Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e na Suíça (no renomado Festival de Montreux).
Um típico estudioso da música, cursou Composição e Regência na Universidade Federal da Bahia em 1975, além de ter trabalhado com compositores da música erudita contemporânia, a exemplo de Ernest Widmer.
Em 2023, em um episódio do podcast do cantor Mano Brown, Ivete Sangalo foi perguntada sobre pessoas que deram grandes oportunidades em sua carreira.
Entre os nomes citados pela artista está o de Carlos Pitta. Ivete relatou que tinha 17 anos quando Pitta a viu cantar e, de imediato, disse: ‘Menina, você tem uma voz bonita. Você tem que tocar’.
Ivete se lamentou por não ter um violão elétrico e Carlos Pitta emprestou seu próprio instrumento para que ela pudesse avançar na carreira e iniciar apresentações em barzinhos.
Fonte:g1.globo.com