Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitou novas diligências e a abertura de um inquérito para apurar o suposto crime.
O júri popular do policial militar Roberto Costa Miranda, acusado de matar o empresário José Luiz Borges Santos, em julho do ano passado, em um lava-jato, foi adiado nesta terça-feira (12), em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia.
A juíza Márcia Simões acatou o pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) que apontou indícios de falso testemunho no depoimento da esposa da vítima.
De acordo com a promotora de Justiça Marina Neves, a testemunha afirmou que José Luiz possuía uma arma de fogo no local do crime e que teria escondido essa informação porque a filha do casal sofreria abusos sexuais cometidos por ele.
“Existem indícios de falso testemunho que não podem influenciar os jurados a ponto de tirar a soberania do Tribunal do Júri”, justificou a promotora.
O MP solicitou novas diligências e a abertura de um inquérito para apurar o suposto crime. Como foi a acusação que pediu o adiamento, a promotoria considerou plausível que o réu aguardasse o novo julgamento em liberdade.
O que diz a defesa do PM
O advogado do policial, André Nino, disse que também foi surpreendido pela informação sobre a arma e afirmou que ela reforça a tese de legítima defesa.
“A defesa estava convicta de buscar a absolvição. Essa informação seria um elemento a mais para respaldar a nossa tese”, declarou.

O advogado do policial, André Nino, disse que também foi surpreendido pela informação sobre a arma — Foto: TV Subaé
A juíza concedeu liberdade provisória com medidas cautelares para Roberto Costa Miranda.
manter o endereço atualizado
informar onde está lotado
não se aproximar de testemunhas, especificamente mãe e filha da vítima
não praticar crimes
A sessão começou às 9h30 e durou cerca de cinco horas e foi encerrada antes que todas as testemunhas fossem ouvidas. Não há nova data para o julgamento.
Fonte:g1.globo.com/ba
Júri popular de PM acusado de matar dono de lava-jato é adiado na Bahia — Foto: TV Subaé