No dia 13 de maio de 1992, o Papa João Paulo II instituiu o Dia Mundial do Enfermo a ser celebrado, anualmente, em 11 de fevereiro. O objetivo é sensibilizar a comunidade mundial sobre a situação das pessoas doentes e, quantas as assistem nas famílias, nas comunidades e nos hospitais.
A DOENÇA acontece em nós, em nossos familiares e em todas as pessoas. Ela nos questiona: Qual é o sentido da vida? Procuramos um significado novo para a existência, e, nem sempre encontramos uma resposta. Quando estamos doentes, a incerteza, o temor e por vezes, até o pavor, impregnam a mente e o coração. Mas, a pessoa que tem fé, nunca deve sentir-se sozinha e abandonada.
A PRESENÇA de um doente altera o ritmo da vida familiar. Ele faz com que tenhamos um olhar diferente porque passa por uma grande transformação. Sente-se carente da atenção dos outros e, cada membro da família, torna-se mais importante porque percebe que todos querem sua recuperação e retorno imediato às atividades profissionais.
JESUS sempre foi muito amigo de todos: das crianças, dos pobres, da multidão faminta e dos apóstolos, mas, especialmente, amigo dos doentes. Ele dedicava uma atenção especial aos leprosos, aos doentes mentais, às pessoas com alguma deficiência (cegos, surdos, mudos, coxos…). Quando entrava numa cidade, estava sempre cercado de doentes: “Ao por do sol, todos os que tinham pessoas sofrendo de alguma doença as traziam até ele. E Jesus, impondo as mãos sobre cada uma, as curava” (Lc. 4,40).
JESUS liberta os enfermos de tudo quanto os desumaniza. Liberta-os da solidão, do desespero e da resignação passiva. Ele convida o doente a ter uma atitude positiva, construtiva e criadora de vida e saúde. É surpreendente que, em muitas curas, ele que é o médico do corpo e da alma, diz: “A tua fé te curou” (Mc.5-34). É o próprio enfermo que tem algo muito decisivo para sua melhora. Ele atribui a cura não ao seu poder, mas a fé da pessoa.
POR OCASIÃO do Dia Mundial do Enfermo, queremos agradecer o empenho de profissionais da saúde, sacerdotes, pastores, religiosos (as) que, com abnegação e responsabilidade cuidam de doentes e seus familiares. Um agradecimento especial aos voluntários que visitam enfermos em suas residências ou nos hospitais. Eles visitam o próprio Jesus, pois foi ele que disse: “Eu estava doente e me visitas-tes” (Mt. 25-36)
Dom Itamar Vian
Arcebispo Émerito
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