A cantora Preta Gil revelou recentemente a recidiva do seu câncer de intestino, agora com metástases em outras regiões do corpo. Esse triste anúncio reacendeu o alerta sobre o câncer colorretal, uma das doenças mais comuns no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de intestino é o segundo mais frequente tanto em homens quanto em mulheres no país. Essa estatística reforça a importância de entender a prevenção, os sintomas e as opções de tratamento.
O Dr. Fábio Teixeira, médico gastroendoscopista credenciado à União Médica, explica que o aumento dos casos ao longo dos anos está diretamente relacionado a mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida. “Antigamente, o câncer colorretal era visto como uma doença associada ao envelhecimento. Hoje, observamos um crescimento expressivo entre pessoas mais jovens, o que se deve, em grande parte, ao consumo de carnes processadas, alimentos ricos em conservantes e uma dieta pobre em fibras”, alerta o médico.
Fatores de Risco
Além da alimentação, fatores como o sedentarismo, o tabagismo e o histórico familiar também aumentam o risco de desenvolver a doença. Nos Estados Unidos, por exemplo, a idade para o início do rastreamento foi reduzida de 50 para 45 anos devido ao aumento da incidência em jovens adultos. “Esse dado serve como um importante sinal de alerta, especialmente para aqueles que têm parentes próximos diagnosticados com câncer de intestino”, pontua Dr. Fábio.
Os sintomas do câncer de intestino nem sempre são evidentes no início, o que torna o diagnóstico precoce um desafio. No entanto, sinais como sangue nas fezes, dor abdominal persistente, perda de peso inexplicada e alterações no ritmo intestinal (constipação ou diarreia repentinas) devem ser avaliados com urgência. “O câncer é traiçoeiro, pois se desenvolve a partir de pólipos que, inicialmente, não causam sintomas. Esses pólipos, ao crescerem, podem evoluir para tumores malignos, daí a importância de realizar exames regulares”, orienta o gastroendoscopista.
Como prevenir?
Para a prevenção, o foco deve estar em hábitos saudáveis. Uma dieta rica em fibras, com a inclusão de frutas, legumes e grãos integrais, a prática regular de atividades físicas e a redução do consumo de alimentos ultraprocessados são essenciais. Dr. Fábio também destaca a importância de evitar o tabagismo e controlar o peso corporal, já que a obesidade é um dos fatores de risco.
Nos casos em que o câncer é identificado precocemente, a remoção dos pólipos ou do tumor por colonoscopia ou cirurgia costuma ser suficiente para a cura. “Quando detectado em estágio inicial, o câncer colorretal tem grandes chances de cura, sem necessidade de tratamentos adicionais como quimioterapia ou radioterapia. O diagnóstico precoce é o grande diferencial”, explica.
Dr. Fabio Teixeira alerta que “a conscientização sobre o câncer de intestino é essencial. Informar a população sobre os fatores de risco e incentivar a adoção de um estilo de vida saudável são medidas fundamentais para a prevenção dessa doença que afeta milhares de brasileiros todos os anos”.
Assessoria de Comunicação
União Médica