Um dos maiores vilões do orçamento dos baianos, o gás de cozinha sofreu um novo reajuste no dia 1º de fevereiro e, desde então, tem o quarto maior preço do país. O produto, que tem produção na Refinaria de Mataripe, atualmente é vendido aos distribuidores a R$ 60,85, sendo este um valor 75% mais caro do que o valor praticado pela Petrobrás, que tem comercializado o botijão de 13kg por R$ 34,70. As informações são de um estudo liderado pelo economista Eric Gil, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Núcleo Bahia (Aept-BA).
Segundo o estudo, o preço atual do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) atingiu o maior patamar desde a privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que passou a se chamar Refinaria de Mataripe e ser de responsabilidade da Acelen. Até outubro de 2023, tanto a Acelen quanto a Petrobrás mantinham os preços semelhantes, mas isso veio mudando ao longo do tempo.
Para Eric Gil, uma das principais razões da mudança é a falta de concorrência enfrentada pela Acelen. “Ela se beneficia de um mercado sem concorrência na Bahia, já que é a única grande produtora no estado. Mas, para além de estar cobrando um preço 75% acima da Petrobras, ela também cobra preços acima dos internacionais, que atualmente são de R$ 45, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, afirma.
Em contrapartida, a Petrobrás definiu desde 2023 que terá preços inferiores às concorrentes, mesmo sem se desvincular totalmente os preços internacionais. O que motivou a decisão, conforme explica o economista, é o fato de que a empresa tem uma grande produtora de petróleo e gás, além de ter uma grande refinaria. Outro fator é que ela é uma estatal.
Fonte:www.correio24horas.com.br
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), gás de cozinha Crédito: Shutterstock