Meninas são irmãs paternas. Homem tentou ocultar crime ao registrar boletim de ocorrência contra avô de uma das vítimas, pai da mãe da criança.
Um homem foi preso em flagrante no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, cidade que fica na região metropolitana de Salvador, na quinta-feira (4), suspeito de abusar sexualmente das filhas de 9 e 11 anos e manter as meninas em cárcere privado. Os crimes aconteceram em Serrolândia, Feira de Santana, além do município em que ele foi encontrado.
Segundo a delegada Simone Moutinho, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e ao Adolescente (Dercca), as meninas são irmãs paternas.
“Ele perambulava com as meninas de cidade para cidade. Elas não estudavam e eram tratadas como escravas sexuais. Viviam para servir ele”, detalhou Simone Moutinho ao falar sobre o caso para a imprensa.
Ainda de acordo com a delegada, as investigações tiveram início quando o suspeito, que não teve a identidade revelada, registou uma ocorrência na unidade especializada denunciado o avô materno de uma das crianças, para tentar ocultar o crime praticado por ele.
1. Quem denunciou os abusos?Os abusos foram descobertos pela polícia de uma forma inusitada. O suspeito procurou uma delegacia para registrar o abuso contra as filhas apontando o avô de uma delas como autor dos crimes.
- Como a polícia descobriu que o suspeito tentou ocultar o crime?
A versão apresentada pelo suspeito não convenceu a polícia, porque ele não foi na delegacia quando chamado para prestar mais esclarecimentos. Além disso, não levou a filha, que teria sido abusada pelo avô, para prestar depoimento especial.
Após descobrir que o suspeito tinha registrado o boletim de ocorrência, a mãe de uma das garotas procurou a delegacia de Serrolândia, cidade onde o homem também tem uma casa e desmentiu a denúncia, apontando o ex-companheiro como autor dos abusos.
“Elas foram resgatadas, pediram ajuda e, nesse momento, narraram toda tortura que sofriam. Além do cárcere privado, abusos que sofriam, também eram torturadas”, detalhou Simone Moutinho.
Fonte:g1.globo.com/ba
Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Criança e o Adolescente (Dercca), em Salvador, investiga o caso — Foto: Haeckel DiasAscom-PC.