O Brasil foi surpreendido, no início desta semana, com o anúncio da cantora Preta Gil, em suas redes sociais, revelando ter sido diagnosticada com um adenocarcinoma na porção final do intestino. De acordo com o cirurgião coloproctologista, Eugênio Ramalho, o câncer de cólon e reto foi o segundo com maior incidência em 2022, com cerca de 45,6 mil novos casos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), tendo sido o terceiro tipo de câncer, em 2020, que mais matou brasileiros. O especialista afirma que a doença pode ser prevenida e tratada.
O proctologista lembra que o câncer de intestino pode ser classificado em dois tipos: o de cólon (doença enfrentada por Pelé) e o de reto, que é a cantora Preta Gil tem. A maioria desses tumores surge a partir de lesões benignas, os chamados pólipos, que podem crescer na parede interna do intestino grosso. O diagnóstico pode ser feito através de dois exames: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia. Segundo Dr. Eugênio Ramalho, o adenocarcinoma é o câncer mais comum do intestino grosso. “Esses tumores têm sintomas mais intensos que os outros. Sangram, dá alteração no intestino, catarro, muco, altera o calibre das fezes. Por isso, na maioria das vezes, a gente consegue dar o diagnóstico rápido, pois o paciente começa a ter sintoma logo, ou seja, na fase inicial”, ressalta o médico.
Eugenio Ramalho chama a atenção para o fato de a idade de Preta Gil (48 anos) ser abaixo dos 50 anos, ou seja, trata-se de um câncer geralmente de componente genético. “Quando o câncer acomete uma pessoa muito nova, abaixo dos 60, provavelmente, esse indivíduo deve ter tido um tio, um primo uma irmã, um parente de primeiro grau que também passou por um câncer, ou seja, ela possivelmente está com o gene do câncer, o qual ela desenvolveu, não é hereditário, mas genético”, explicou
O tratamento é feito de acordo com a localização desse câncer. Caso seja um câncer muito baixo, perto do ânus, radioterapia e a quimioterapia são a indicação, para depois, a cirurgia. A localização estando em um ponto mais alto, no reto superior ou no sigmoide, a cirurgia é o caminho. “A prevenção, portanto, ainda é o mais indicado para que a cura seja algo palpável. A consulta ao proctologista, colonoscopia, os exames de rotina são mais que necessários, frisou o especialista.
Texto: Agência Viver Mais Comunicação Integrada
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