No ápice, o ato em Copacabana teve 18,3 mil pessoas, segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). A manifestação interditou o trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira.
Apoiadores de Jair Bolsonaro participaram de um ato em Copacabana, Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo (16), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pediu a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, o maior ataque às instituições da República desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.
De acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) , a manifestação em Copacabana teve 18,3 mil pessoas no seu ápice. Em um post nas redes sociais, a Polícia Militar disse que o ato reuniu 400 mil pessoas.
Além do ex-presidente, participaram o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o de Santa Catarina, Jorginho Mello, e o de Mato Grosso, Mauro Mendes. Também estiveram presentes os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, o pastor Silas Malafaia, coordenador do evento, entre outros.
A manifestação
Quatro governadores subiram no carro de som e dois discursaram – Castro e Tarcísio
Também falaram Silas Malafaia, o deputado Nikolas Ferreira, o senador Flávio Bolsonaro, Valdemar Costa Neto e deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator do PL da Anistia, entre outros
Bolsonaro defendeu anistia, disse que não vai sair do Brasil, comparou seu governo com o de Lula e afirmou que será um problema “preso ou morto”
Ao falar sobre o projeto de lei sobre a anistia, disse que já conta com o apoio do PSD e que espera aprovação no Congresso
O ex-presidente disse que foi prejudicado nas eleições de 22 e fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes
Também pediu que seus apoiadores deem “50% da Câmara e 50% do Senado” nas próximas eleições para bolsonaristas, não necessariamente do PL.
Discurso de Bolsonaro
Por volta das 11h30, o ex-presidente Bolsonaro discursou e pediu anistia para os presos pelos atos golpistas, criticou a gestão do presidente Lula e fazendo comparações com o seu governo.
“Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham intenção, e nem poder pra fazer aquilo que estão sendo acusados”, disse o ex-presidente. Ele mencionou o nome de algumas das mulheres condenadas e questionou os crimes imputados a elas. “Quem foi a liderança dessas pessoas? Não tiveram. Foram atraídas pra uma armadilha.” Bolsonaro disse que, se deram 17 anos de pena para “pessoas humildes”, é para justificar uma pena de 28 anos para ele. “Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila, se eu tivesse do lado deles”, afirmou.
Fonte:g1.globo.com