O petista é o único presidente do partido, desde a primeira gestão Lula, com experiência à frente do Executivo
Quando Edinho Silva encerrou o quarto mandato como prefeito de Araraquara, no fim de 2022, não tinha quem não apontasse que ele logo assumiria um cargo no primeiro escalão do governo Lula. A aposta era a Secom, da qual foi ministro na gestão Dilma Rousseff.
O fato de enfrentar resistências dentro da própria legenda, e ser desafiado por lideranças como Rui Falcão, mostra o tamanho do desafio — similar apenas à rebelião de quadros à esquerda da legenda que no primeiro governo Lula espernearam contra a política econômica de Antônio Palocci e saíram pela porta dos fundos para fundar o PSOL.
A legenda hoje vive uma crise de identidade entre abraçar a agenda econômica de Fernando Haddad ou decretar independência. Entre entrar de sola contra partidos rivais ou possíveis aliados para defender pautas populares como o fim da escala 6 por 1 e a taxação dos super ricos, propostas que provocam urticaria em uma corrente que vai do União Brasil ao MDB. E que hoje ameaça desembarcar do governo e apoiar um candidato bolsonarista em 2026.
É neste contexto, agravado pela queda de braço do IOF, que Edinho assume.
De perfil conciliador, ele é o primeiro presidente do PT, desde a primeira gestão Lula, com experiência à frente do Executivo — municipal, ok, mas é o que faltou a antecessores como Gleisi Hoffmann, Humberto Costa, Rui Falcão e José Genoino.
Fonte:ultimosegundo.ig.com.br