Com noites de Libertadores no currículo, Kieza e Rogério, o “Neymar do Nordeste”, encaram nova fase da carreira em busca de acesso à elite do Baiano com o Fluminense de Feira
Em fevereiro de 2016 o São Paulo perdeu por 1 a 0 para o The Strongest um jogo válido pela fase de grupos da Libertadores. Durante o segundo tempo daquela partida, o técnico Eduardo Bauza recorreu às entradas de Kieza e Rogério, o “Neymar do Nordeste”, para tentar uma reação. Nove anos depois, a dupla reedita a parceria, agora em outro tricolor: o Fluminense de Feira, na Bahia.
— Foi um jogo que a gente entrou no segundo tempo, tivemos poucos minutos em campo. Eu particularmente perdi um gol, então a torcida pegou no meu pé nesse jogo — lembra Kieza, atualmente com 38 anos.
Ao lado de Rogério (34 anos), o centroavante recebeu o ge no Centro de Treinamento do Fluminense de Feira para uma conversa cheias de pontos em comum. Além dos tricolores, eles vestiram juntos os uniformes do Nacional de Patos-PB e do Náutico, clube no qual ganharam projeção nacional em 2011.
— A gente deu várias alegrias ao Náutico. Kieza foi várias vezes artilheiro, eu contribui com assistências, pênaltis, gols. Acho que foi onde a gente teve o auge, jogando pelo Náutico — analisou Rogério.
Foram 21 gols de Kieza e seis de Rogério durante a campanha na Série B que terminou com o acesso do Náutico em 2011. Outro ponto em comum é que os dois repetiram as boas atuações em outros times do Nordeste, mas não conseguiram o mesmo sucesso quando ganharam chances em grandes clubes fora da região.
Depois de passagens por Fluminense, Cruzeiro, São Paulo e Botafogo, Kieza apontou os “excessos” fora das quatro linhas como o principal motivo para não repetir no sudeste o mesmo futebol que apresentou quando vestiu as camisas de Náutico, Bahia e Vitória.
— Eu era muito novo, moleque, acaba se perdendo um pouco, essa é a verdade. (…) Eu vim do nada, fui para o Rio de Janeiro moleque, 20 anos e sozinho no Rio de Janeiro. Em BH foi mais complicado, muita balada, festa, excessos. Acabei não conseguindo me firmar no Cruzeiro. Mas são coisas que a gente aprende, amadurece, melhora. Fica de aprendizado para nossa vida — pondera Kieza.
Fonte:g1.globo.com/ba
Kieza e Rogério reeditam parceria agora pelo Fluminense de Feira — Foto: Reprodução / TV Bahia