Especialistas respondem se baixo teor presente na cerveja zero pode ser acusado no teste do bafômetro
Bebida alcóolica preferida dos brasileiros, a cerveja é figurinha carimbada nos almoços de domingo com a família, na resenha feita em casa ou no bar com os amigos, em programas feitos a dois ou até mesmo sozinho. Nos últimos anos, contudo, a bebida tem ganhado uma forte concorrente: a versão de si sem álcool. Ela passou a ser amplamente adotada, principalmente, por quem quer beber sem preocupação e depois pegar a estrada. Só que, recentemente, surgiram boatos de que a cerveja sem álcool pode dar problema na hora da blitz e ameaçar essa paz.
A argumentação é de que mesmo a cerveja zero possui teor alcóolico, já que passa pelo processo de fermentação, que produz álcool naturalmente. Uma vez que a retirada da substância nem sempre seria possível, algumas atingiriam teor maior do que 0,5% – o limite permitido no teste do bafômetro.
Roberto Márcio, que é mestre em química analítica ambiental e professor da Universidade Católica de Salvador (UCSal) confirma que, via de regra, o processo de produção de cerveja não alcóolica contém, sim, um teor alcóolico. No entanto, esse teor é baixo, já que há maior controle da fermentação por parte das cervejarias.
Ele ainda explica que é possível criar uma cerveja 100% sem álcool através de técnicas específicas, envolvendo, por exemplo, a destilação – retirada total do álcool da bebida –, e o uso de leveduras que podem produzir uma fermentação com menor teor alcóolico. Apesar dessa possibilidade, ele reconhece que o uso dessas técnicas é um desafio.
“A cerveja propriamente dita sem álcool, segundo os especialistas, ela pode alterar o sabor e a textura da cerveja. Então, às vezes é salutar, do ponto de vista da [qualidade da bebida], não ter esse processo mais refinado”, afirma o químico Roberto Márcio.
Fonte:www.correio24horas.com.br
Cerveja Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil