Polícia Federal concluiu em relatório que os bens foram vendidos e o dinheiro foi entregue ao ex-presidente
A Polícia Federal informou que a venda e operação para trazer as joias sauditas comercializadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de volta ao Brasil tiveram tentativas de esconder o esquema, o que ajudou a corporação a avançar nas investigações.
Os ex-auxiliares de Bolsonaro foram ao exterior resgatar as joias, de acordo com a PF, após a repercussão do caso na mídia e determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que os objetos fossem devolvidos ao acervo da Presidência da República.
PF ainda analisou mensagens que mostram que o ex-presidente e aliados tinham receio de que a venda desses objetos fosse descoberta e de possíveis implicações legais em decorrência da apropriação das joias. O grupo, então, queria esconder os indícios de que elas haviam sido levadas ao exterior e depois vendidas, segundo relatório final do inquérito da PF, divulgado nesta segunda-feira (8).
Segundo o documento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, deletou mensagens que trocou com Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente, falando sobre o “kit ouro branco” — conjunto formado por anel, abotoaduras, rosário islâmico e um relógio da marca Rolex.
Cid, no entanto, havia enviado as mesmas mensagens para outra conta pessoal no WhatsApp, e a PF percebeu que se tratavam de fotos do kit de joias e certificado de autenticidade dos bens.
Fonte:ultimosegundo.ig.com.br