Advogado da família conta que sede da associação em que ialorixá presidia contava com sete câmeras, mas que apenas três funcionavam. Além disso, uma ronda da PM era feita no local uma vez no dia.
A líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete foi assassinada a tiros no quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região metropolitana de Salvador, na noite de quinta-feira (17), mesmo protegida pelo Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do Governo Federal.
Até este domingo (20), ninguém foi preso. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber novidades sobre o crime. No entanto, a corporação afirmou que a apuração do caso está em andamento e que detalhes não podem ser divulgados para não interferir nas investigações.
Segundo as investigações, mãe Bernadete, como era conhecida, assistia televisão com três netos adolescentes, dentro de casa, no quilombo Pitanga dos Palmares, quando dois homens invadiram a casa. Eles tiraram os netos da ialorixá da sala e a executaram com vários tiros.
De acordo com familiares, Mãe Bernadete estava sob proteção da Polícia Militar, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH) há pelo menos dois anos.
Já segundo o Governo da Bahia, a líder quilombola fazia parte do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do Governo Federal, executado na Bahia pela SJDH, desde 2017.As estratégias de proteção à Mãe Bernadete envolviam monitoramento através de câmeras instaladas no território quilombola e rondas policiais permanentes.
Fonte:g1.globo.com/ ba