No próximo domingo, 14, celebramos o Dia das Mães. No Brasil, o primeiro Dia das Mães foi comemorado na capital gaúcha, Porto Alegre, em 12 de maio de l918. Em l932, o então presidente da República, Getúlio Vargas, oficializou a data. Em l947, por determinação de Dom Jaime Câmara, Arcebispo do Rio de Janeiro, a data passou a fazer parte do calendário da Igreja Católica, no Brasil.
PADRE Zezinho conta que um dia uma mãe o procurou pedindo-lhe orações pelo seu filho que andava desnorteado e envolvido em drogas e ele olhou para essa mãe, com um sorriso, e disse-lhe: “A senhora tem mais poder do que eu. Foi a senhora que gerou a ele e é mais amiga de Deus do que um sacerdote que não tem a ternura e o amor de uma mãe. Ela espantou-se e começou a rir. Eu disse a ela uma verdade incontestável: mães, quando rezam, mexem com Deus muito mais que nós padres”.
AFIRMA, também, o padre Zezinho: “Deus não resiste às orações de uma mãe! Quando elas me procuram, pedindo orações para seus filhos, sou eu quem peço a elas que rezem por mim. Uma mãe que reza manda em Deus!”. Essa verdade foi reafirmada, nas Bodas de Caná, quando Maria pediu a Jesus que atendesse os noivos e Ele transformou a água em vinho, devolvendo a alegria aos convidados.
SABEMOS, também, que as mães tem um grande amor pelos filhos. Isso foi revelado na resposta que uma mãe deu a um jornalista quando ele lhe perguntou: “De qual de seus filhos a senhora gosta mais?” Ela respondeu: “Eu amo aquele que está doente, até que se recupere; eu amo aquele que está chorando, até que seja consolado; eu amo aquele que está estudando, até que consiga se formar, ter emprego e comprar uma moradia; eu amo aquele que está afastado de Deus, até que se converta”. E, com um semblante triste e voz sufocada, completou: “Eu amo aquele que já me deixou, até que eu o reencontre”.
POR ISSO, vamos agradecer a Deus pela nossa mãe, seja ela viva ou falecida. Ela é a única e a melhor. Nunca é bom fazer comparações entre a nossa mãe e a dos outros. A nossa, é sempre a melhor e mais santa, disto não podemos duvidar. Ela nos levou no seu ventre por nove meses e, depois do parto, nos conduziu pelos caminhos da vida. A mãe tem sempre o poder de rezar, de amar e de servir com alegria, mesmo quando o coração sofre.
MARIA, Mãe de Jesus e nossa, modelo de todas as mães, elevamos a vós nossa prece, pela saúde e paz das mães pobres, ricas, solteiras, dos presidiários, dos filhos dependentes químicos, mães dos filhos com deficiência, mãe de filhos enfermos e daquelas que lutam para que os filhos tenham uma profissão e moradia. Consolai as mães que choram pelos filhos que já partiram deste mundo. Amém.
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
di.vianfs@ig.com