A Justiça da Argentina mandou prender 61 brasileiros que estão no país após terem sido condenados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Dois já foram detidos.
A Justiça da Argentina mandou prender 61 brasileiros que estão no país e são foragidos no Brasil após terem sido condenados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, relata a imprensa argentina.
Segundo o jornal Clarín, os mandados de prisão foram emitidos pelo juiz Daniel Rafecas a pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dois brasileiros já foram presos, segundo a polícia da província de Buenos Aires.
O governo da Argentina havia enviado em junho ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil uma lista de brasileiros que haviam pedido refúgio no país vizinho após serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O atual presidente da Argentina, Javier Milei, é aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que também é investigado no inquérito sobre os episódios de 8 de janeiro.
Um porta-voz do governo de Milei, no entanto, afirmou em junho que não havia “pactos de impunidade” e que a Argentina respeitaria as decisões do Judiciário brasileiro.
“Respeitamos todas as decisões judiciais”, afirmou à época Manuel Adorni, porta-voz do governo argentino.Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes, responsável por supervisionar o inquérito, pediu a extradição dos brasileiros foragidos na Argentina.
Como os foragidos tinham pedido refúgio no país, existia a possibilidade que a extradição não fosse cumprida.
No entanto, uma mudança na legislação da Argentina há um mês determinou que o refúgio não pode ser concedido a pessoas condenadas por crimes graves em seu país de origem.
Na lista de crimes graves estão “atos terroristas”, “violação grava de direitos humanos” e ações que possam comprometer “a paz e a segurança internacional”.
Segundo a Comissão Nacional para Refugiados da Argentina, órgão responsável por autorizar asilos e refúgios para migrantes, mais de 180 brasileiros pediram refúgio no país desde janeiro de 2024.
Fonte:g1.globo.com
Segundo a polícia argentina, um dos brasileiros presos é Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anos — Foto: Divulgação/Polícia de Buenos Aires