De acordo com a Polícia Federal, homem seria integrante do Lapsus Group, que já fez ataques contra o Ministério da Saúde e outros órgãos em 2021.
Um homem foi preso pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (19), em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, suspeito de integrar uma organização criminosa internacional chamada Lapsus Group, que seria responsável por ataques cibernéticos contra diversos órgãos governamentais, entre eles o Ministério da Saúde, em 2021.
Segundo o delegado Fábio Marques, de Feira de Santana, o suspeito, que é natural da Paraíba, é considerado um dos maiores hackers do Brasil, e foi preso na companhia de sua namorada. Ele foi encaminhado para Brasília. O nome do homem não foi divulgado. De acordo com a PF, ele é o principal investigado brasileiro sobre os crimes.
A prisão desta quarta-feira é um desdobramento da Operação Dark Cloud, deflagrada em agosto e que investigava a organização criminosa responsável por diversos ataques cibernéticos, especialmente os praticados no final de 2021, contra órgãos e entidades do Governo Federal.
Os ataques ocorreram em dezembro de 2021. Além do Ministério da Saúde, o Ministério da Economia, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Rodoviária Federal também foram alvos do ataque cibernético.
Os invasores deletaram arquivos, dados e instâncias da pasta atacada. A ação, que ocorreu no dia 10 de dezembro, chegou a comprometer o Conecte SUS, responsável pelo Certificado Nacional de Vacinação. O problema também afetou o sistema de notificação de casos da Covid-19 e a página que compila dados de vacinação para outras doenças no país (SI-PNI), segundo o Ministério da Saúde.
À época, o Ministério da Saúde informou que a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional foram acionados para investigar o caso.
No dia 12 de dezembro, o Ministério da Saúde sofreu um segundo ataque hacker. Na ocasião, a ação chegou a ser negada pelo governo, mas foi confirmada horas depois pelo próprio ministro Marcelo Queiroga, em Brasília. Queiroga, garantiu que os dados não seriam perdidos e chamou o incidente de “atitude criminosa”.
Após os ataques, quando o site do Ministério da Saúde era acessado, os usuários encontravam um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor.
Ainda segundo a Polícia Federal, as investigações começaram em dezembro de 2021, logo os registros de ataque.
Fonte:g1.globo.com/ ba
Foto: JN